Jorge Ferreira Dias Foto: Paulo Jorge de Sousa/mediotejo.net

No fundo da Rua Nossa Senhora das Graças, na Chainça, o número 51 apropria dois grandes portões verdes ligados a medianos muros que limitam a casa onde reside Jorge Manuel da Costa Ferreira Dias. A mesma de onde foi despejado em 2013, na sequência de um processo de insolvência que o deixou a ele, à mulher e ao filho sem bens. Um dia chegou a casa e tinha agentes da polícia à porta. “Armados e tudo, veja só… eu que não me tinha negado a sair”, conta ao mediotejo.net.

Jorge Ferreira Dias. Foto: Paulo Jorge de Sousa

Pessoas amigas compraram-lhe a propriedade em leilão, para que pudesse regressar à sua própria casa. Apesar dessa boa vontade tem às costas uma renda mensal de 700 euros, mais as despesas inerentes, fora a alimentação dos animais que atualmente “estão a passar mal…”, confessa. “Não passam fome, mas já não comem o que habitualmente comiam”, lamenta.

Isto porque, sem as quatro empresas que criou, o empresário da construção voltou a ser pastor. Emprestaram-lhe um terreno e trata de 120 ovelhas, 18 burros e uma égua. Chegou a ter porcos, galinhas e patos. Agora, além do Rendimento Social de Inserção, pouco mais de 300 euros, que começou a receber em agosto último, vende gado e lenha resultante da limpeza do terreno. Mostra-nos os burros a pastar, “animais do mais manso que há”, adquiridos na época em que projetava para a Herdade Casal do Telhado do Meio, lá para os lados da Bemposta, o Lusitânia Parque.

Ambicionava que fosse o melhor parque biológico do mundo, estruturado em torno da ideia da valorização das raças autóctones portuguesas. “Tinha 500 hectares, onde 128 eram meus, com todo o tipo de animais, quinta pedagógica, árvores combinadas de forma harmoniosa como pinheiros, choupos, salgueiros…”, conta. Pretendia abri-lo em 2010, Ano Internacional da Biodiversidade mas, segundo diz, morreu à nascença “por falta de interesse da autarquia”.

Jorge Ferreira Dias tem milhares de páginas com documentos onde sustenta a sua história de vida enquanto empresário da construção civil na cidade de Abrantes. Foto: mediotejo.net

Durante oito anos o empresário de construção civil, que nunca foi homem com pelo nas ventas em 52 anos de vida, deixou crescer a barba em protesto, primeiramente devido ao negócio da venda de um terreno em Abrantes para instalar o complexo médico-social ‘Ofelia Clube’, que acabou por nunca avançar. Em 2007, reclamava receber os 2,5 milhões de euros devidos pela venda de terrenos ao Grupo francês Existence, uma das várias batalhas.

Com um investimento previsto de 60 milhões de euros, criando cerca de 500 postos de trabalho, o ‘Ofelia Clube’ estaria vocacionado para acolher seniores, nomeadamente do Norte da Europa, em regime de residência assistida

O investimento da Portanice, Investimentos Imobiliários, empresa do Grupo Existence, englobaria infraestruturas de desporto e lazer, piscinas cobertas, pavilhão multiusos, parque infantil, creche, restaurantes, lojas, espaços verdes e cerca de 1.400 lugares de estacionamento. A área de intervenção do ‘Ofelia Clube’ rondava os 12 hectares e a área de construção ultrapassava os 106 mil metros quadrados, estando 70 por cento do espaço alocado para habitação (edifícios T0, T1 e T2) e serviços médicos, 15 por cento a serviços associados à área da medicina e três por cento a zonas de comércio. Nada disto viu a luz do dia, na cidade de Abrantes.

Em ação de solidariedade, deixando também crescer a barba, a ele juntou-se o filho Paulo, com o propósito de assim permanecerem até ao dia em que pudessem, os dois, “andar de cara lavada em Abrantes”. Já na época Jorge Dias, que hoje conta 62 anos, relatava à comunicação social uma situação de “absoluta asfixia financeira” em que dizia encontrar-se.

Jorge Ferreira Dias. Foto: Paulo Jorge de Sousa

Com o episódio das barbas, e ao decidir trocar o jipe por um burro para se deslocar, cruzando as ruas do centro histórico até ao edifício da Câmara Municipal de Abrantes, Jorge Ferreira Dias tornou-se uma figura ainda mais popular na cidade.

O objetivo era deixar um protesto lavrado no livro de reclamações da autarquia, devido às “dificuldades” sentidas na obtenção de licenciamentos que lhe terão causado a tal “absoluta asfixia financeira”. A presença do burro Mangerico serviria para dizer que “dentro da Câmara existem burros mais burros que o animal”.

Jorge Ferreira Dias de barbas crescidas acompanhado de burros no Centro Histórico de Abrantes. Foto: DR

Empresário “por necessidade, sorte e alguma vocação”, Jorge Ferreira Dias apresenta um catálogo impressionante de obras realizadas em cerca de duas décadas de atividade no setor da construção civil: “Mais de 30 moradias e 15 prédios, que representam cerca de 300 apartamentos” na região de Abrantes.

A sua empresa Construções Jorge Ferreira & Dias, Lda chegou a ter 60 funcionários entre administrativos, pedreiros, serventes, camionistas e contabilistas, “movimentando não só muita gente como também muito dinheiro”. Uma empresa reconhecida pelos seus pares como sólida, conceituada e com bom volume de faturação, de imediato “reinvestido” na aquisição de outros terrenos para futuras empreitadas, o que o tornou no maior construtor e detentor de área urbana de Abrantes.

O empresário ergueu mais de 30 moradias e 15 prédios com 300 apartamentos em Abrantes, tornando-se no maior construtor da cidade

Orgulha-se de “uma boa relação” com os funcionários da empresa. “Os meus empregados sabiam da minha situação porque lidava com eles como se fossem da família. Tinha um restaurante onde todos os sábados almoçávamos juntos e não havia nenhum funcionário meu que não levasse mensalmente o dobro do salário base, devido às horas que fazíamos. Tinha muito trabalho. Assim que construía estava tudo vendido”, assegura.

A situação inverteu-se por completo. Atualmente “não tem dinheiro para nada”, refere. Um regresso ao passado para quem nasceu no seio da família “mais pobre de São José”, popular bairro de Abrantes, com uma dezena de irmãos e sem pai desde os três anos de idade.

As polémicas envolvendo Jorge Ferreira Dias e a autarquia de Abrantes fizeram correr tinta nos jornais. Foto: DR

Jeito para o negócio na roleta da sorte e do azar

“Eu e a minha mulher éramos das famílias mais pobres de Abrantes”, conta, ao explicar-nos ser originário de um família de baixo estrato socio-económico, tal como a mulher, Maria Joaquina Ferreira, a companheira de desalento e da vida, desde os 22 anos.

Jorge, nome recebido do padrinho Jorge Vieira e Graça, é o quarto filho de uma empreitada de 11 que a sua mãe, Alda Cipriano da Costa, deu à luz graças a dois casamentos. Doméstica, ficou viúva do militar José Correia Ferreira tinha o filho três anos, por isso Jorge não tem grandes recordações do falecido pai, apenas as suficientes para sentir a sua ausência. Felizmente podia contar com o avô materno, que recebeu os cinco netos em sua casa após a morte do pai. Um motorista da extinta Construtora Abrantina que levava o pequeno a visitar as obras e lhe passou a paixão pela construção de edifícios e empreendimentos.

Jorge Ferreira Dias. Foto: Paulo Jorge de Sousa

Na Abrantes dos anos 60 do século XX, assombrada pela pobreza e varrida pela Guerra do Ultramar tal como tantas outras terras portuguesas, Jorge, então com 10 anos, já guardava gado, concluindo o 4º ano de escolaridade na Escola Primária dos Quinchosos, sem prosseguir os estudos por ter de trabalhar na agricultura, onde encontrou o seu sustento e dos seus.

Aos 12 anos já era dono de alguns porcos e ovelhas e, dois anos depois, começou a trabalhar em Alferrarede na fábrica de malas que pertencia ao padrinho, primeiro como empregado de balcão na loja que também vendia artigos de caça e pesca e materiais para construção civil, e mais tarde como empregado de escritório. Aos 16 anos passou à condição de caixeiro-viajante da empresa, profissão que abraçou por pouco tempo devido à revolução do 25 de Abril de 1974.

Por todo o País “metade das fábricas com as quais trabalhávamos fecharam. Não havia movimento e saí para me dedicar à agricultura” explica.

Jorge Ferreira Dias, quando era construtor, numa feira internacional de máquinas. Foto: DR

Optou por trabalhar por conta própria na área da pecuária, explorando um negócio de criação de gado, com venda porta a porta dos produtos derivados de um rebanho de 70 ovelhas, mais 7 vacas e 30 porcos. “Era eu quem abastecia todas as pessoas da zona”, recorda. Com o negócio em crescimento decidiu solicitar ao Grémio da Lavoura (naquela fase do Crédito Agrícola de Emergência, uma linha de crédito instituída depois do 25 de Abril), um empréstimo para a compra de animais e sementes, verba que podia ser concedida até ao máximo de 90 contos (cerca de 450 euros).

A vida mostrou-se madrasta na dureza e o seu desejo de uma vida melhor fá-lo apostar na paixão que tinha pelo sector da construção civil por volta de 1980, a par da agricultura, começando a trabalhar como servente numa empresa de Abrantes. Na construção do Hospital Distrital de Abrantes trabalhou durante um ano como carpinteiro, obra que pela sua dimensão apresentou-se como avaliação mais concreta daquilo que poderia ser o seu futuro profissional. Aos pouco foi adquirindo a reputação de “pessoa séria” junto das entidades bancárias, atributo que lhe abriu portas para créditos de maior monta.

Jorge Ferreira Dias. Foto: Paulo Jorge de Sousa

“Desde pequeno andei a trabalhar na lavoura, a apanhar azeitona, à frente dos bois. Era uma vida dura mas alegre, porque tínhamos vontade de trabalhar e brincávamos uns com os outros. Hoje é totalmente diferente, trabalha-se pelo dinheiro. Antigamente as pessoas eram pobres mas viviam bem, eram felizes com mais companheirismo e solidariedade entre elas”, afirma, recordando “as desencamisadas de milho e as capuchas [mulheres que andavam na apanha da azeitona]”, onde se namorava as cachopas nos bailes quase diários.

“Desde pequeno andei a trabalhar na lavoura, a apanhar azeitona, à frente dos bois. Era uma vida dura mas alegre”

Jorge era de família humilde mas nunca andou descalço, calçava botins, “o mais barato que havia, para calçar de inverno e de verão”, refere, recordando os tempos da infância, antes de iniciar a vida de empreiteiro que começou precisamente com a construção de casa própria após o casamento. “Apareceu alguém interessado e eu vendi. Depois daquela construi mais três moradias”, recorda.

Ao jeito para o negócio juntou-se um “golpe de sorte” quando recebeu um convite de dois empresários – Isidoro da Silva Maio e José Manuel Antunes de Matos – para investir na construção de dois prédios em Rossio ao Sul do Tejo, um deles para instalar a Caixa Geral de Depósitos. “O meu filho foi o cliente com a conta número 1”, lembra Jorge Ferreira Dias.

Momento da construção de prédios na zona comercial de Abrantes. Foto: DR

Seguiu-se a oportunidade de constituir formalmente uma empresa: a Construções Jorge Ferreira & Dias, Lda em que teve como sócios a sua mulher, Maria Joaquina, e o seu filho Paulo Jorge, constituída a 3 de agosto de 1990. E se ao longo de anos de trabalho nem tudo eram facilidades, “o ativo da empresa excedia largamente o passivo” permitindo continuar em frente com grandes obras, chegando a um ponto em que o seu património era considerado “fabuloso”. Houve até quem lhe chamasse “o Belmiro de Azevedo de Abrantes”, recorda. Mas o azar espreitava a obra e Jorge Ferreira Dias, com base num “erro” que atribui à Câmara Municipal de Abrantes, afirma ter perdido “mais de oito milhões de euros, graças ao processo de insolvência”.

Na data da insolvência, decretada em 2013, a empresa Construções Jorge Ferreira & Dias, Lda “tinha imóveis avaliados em 2,7 vezes o valor dos créditos a liquidar”, garante, mostrando documentação que sustenta a afirmação. E um pedido de indemnização no valor de 6 milhões e 700 mil euros no Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria contra a Câmara Municipal de Abrantes, que até hoje aguarda decisão. Mas esse facto não impediu a sua queda.

Projetos sem autorização, denúncias e desespero

Corria o ano 2000 quando um funcionário de uma outra empresa de construções, mostrando uma fatura numerada com o 58, lhe quis cobrar “uns milhares de euros” dizendo que era normal pagar “alguma coisa” caso quisesse que as suas urbanizações continuassem a obter autorização para construção. Observada a fatura que o funcionário lhe trazia, “um esquema onde se incluía materiais pagos mas que as empresas nunca recebiam”, garante, irritou-se e devolveu a dita sem pagar. Crê que essa recusa foi o motivo e o início dos seus problemas.

Jorge Ferreira Dias. Foto: Paulo Jorge de Sousa

A “absoluta asfixia financeira” em que hoje afirma estar, tem então causas bem identificadas para Jorge Dias. Aponta o dedo à “perseguição sistemática” da Câmara de Abrantes, porque começaram a negar-lhe autorizações de construção que, garante, antes lhe seriam concedidas. O projeto ‘Urbanização Encosta Norte’, de 2000, foi aprovado mas nunca obteve o alvará. Ficou com os prédios construídos, durante anos, sem os poder vender por falta de licença de habitabilidade e das devidas infraestruturas. “Só aqui ficaram 750 mil euros empatados que me deixaram sem margem de manobra” para avançar para outros projetos, conta.

O projeto ‘Urbanização Encosta Norte’, de 2000, foi aprovado mas nunca obteve o alvará. Ficou com os prédios construídos, durante anos, sem os poder vender por falta de licença de habitabilidade e das devidas infraestruturas. “Só aqui ficaram 750 mil euros empatados”

Jorge Ferreira ainda teve um outro prédio onde habitavam sete inquilinos, com a água foi fornecida através de um contador de obras. “Mesmo com garantias bancárias, que nunca acionaram… na Ferraria cheguei a pagar a água aos inquilinos durante 7 anos, uma conta de 20 mil euros”, afiança, relatando casos de “falsificação de documentos pelos serviços autárquicos” e “tentativas de corrupção para os projetos andarem”. Situações que assegura ter “entregue” à Polícia Judiciária, o que lhe valeu uma ameaça de processo do então presidente da edilidade, por “ofensa ao bom nome” da Câmara. Na PJ os processos foram entretanto arquivados.

Jorge Ferreira Dias mostra a maquete do projeto que tinha para a Encosta Norte da cidade de Abrantes. Foto: mediotejo.net

A esperança de retoma surgiu em 2007 com o interesse de um grupo internacional na compra de oito hectares de terrenos de sua pertença, para a construção de um complexo médico-social, o ‘Ofelia Clube’, que lhe valeriam dois milhões e meio de euros. Mas o negócio correu mal, o tal de 60 milhões de euros de investimento preparado para 1.600 camas, não recebeu “um tostão”.

Em desespero, o construtor abrantino fez o seu primeiro protesto público junto aos Serviços de Divisão de Urbanismo da Câmara Municipal, imobilizando um burro em frente de uma das três entradas do edifício. O animal permaneceu no exterior enquanto o dono escrevia no Livro de Reclamações da autarquia os seus protestos, a propósito de alguns negócios, entre os quais o impasse do projeto ‘Ofelia Clube’, que nunca se concretizou por desistência dos investidores, “visto que o projeto não avançava”.

Jorge Ferreira Dias chegou a avançar com uma denúncia na Polícia Judiciária contra dois funcionários da câmara de abrantes, acusando-os do crime de burla qualificada “ao exigirem uma elevada contrapartida monetária em troca de fazer andar o processo”

Jorge Ferreira Dias chegou a avançar com outra denúncia junto da Polícia Judiciária contra dois funcionários da Câmara, um fiscal de obras e outro responsável do gabinete de investimento, acusando-os do crime de burla qualificada “ao exigirem uma elevada contrapartida monetária em troca de fazer andar o processo”. O Ministério Público investigou mas o processo acabou arquivado, por “insuficiência de prova”.

A dívida ao Estado português que causa a insolvência

Entre as muitas batalhas judiciais, Jorge Ferreira Dias destaca o processo nº 1148/09, uma ação interposta pela Câmara Municipal de Abrantes, em 2009, onde acusava a empresa Construções Jorge Ferreira & Dias, Lda de se ter apropriado de uma parcela de terreno “de forma ardilosa” no Olival do Barata, na Encosta Norte da cidade. Uma ação fixada em 118 mil euros que antigo construtor considera ser a causa da sua desgraça, passando da expansão à insolvência, arrastando empresas e clientes.

“Uma empresa de automóveis vendeu à Câmara Municipal de Abrantes um terreno que é meu, com hipoteca na Caixa Geral de Depósitos. A Câmara sabe que o terreno é meu, o presidente e os serviços foram avisados, mas ignoraram as minhas reclamações”, assegura.

Com esta ação a empresa Construções Jorge Ferreira & Dias, Lda., que conseguiu provar ser proprietária da parcela de terreno, ficou sinalizada no Banco de Portugal com dívida ao Estado português no valor da ação, e o empresário ficou com o rótulo de incumpridor, o que na prática ditou a paragem da empresa e a insolvência que arrastou até o ex-sócio da empresa, o filho Paulo Ferreira, que entretanto saíra da empresa para se dedicar à construção do Lusitânia Parque.

“Uma empresa de automóveis vendeu à Câmara Municipal de Abrantes um terreno que era meu. o presidente e os serviços foram avisados, mas ignoraram as minhas reclamações”, assegura o empresário, que mais tarde conseguiu provar em tribunal ser o proprietário do terreno

Jorge Ferreira Dias quando era um construtor de sucesso em Abrantes e detentor da maior área urbana de Abrantes. Foto: DR

A sentença proferida pelo Tribunal da Relação de Évora, em 2012, veio a confirmar a sentença do Tribunal Judicial de Abrantes de 2011, que já tinha absolvido a empresa de Jorge Dias. A Câmara Municipal de Abrantes, não concordando com as duas sentenças, recorreu para o Supremo Tribunal de Justiça que, a 13 de setembro de 2012, não reconheceu o recurso por inadmissibilidade. A Câmara tentou ainda um novo processo para reclamar a separação da parcela à massa insolvente da Construções Jorge Ferreira & Dias, Lda, alegando usucapião, mas o pedido foi considerado improcedente, confirmado em sentença de maio de 2018.

Tal absolvição não reverteu as consequências da quebra de confiança entre as entidades bancárias com as quais a empresa se relacionava até à data em que a Câmara interpôs a tal ação declarativa. A 24 de maio de 2013 foi proferida a sentença de declaração de insolvência e nomeado um administrador judicial.

Foi nessa ocasião que o sócio gerente Jorge Dias apresentou paralelemente uma reclamação formal no livro de reclamações da autarquia e divulga a história na comunicação social. Como consequência, foi então alvo de uma queixa crime por difamação apresentada pelo presidente da Câmara, outra queixa crime por difamação apresentada pelo diretor de departamento administrativo, ambas arquivadas pelo Tribunal de Abrantes.

Mas Jorge Dias Ferreira acabou mesmo condenado com uma pena de prisão de 1 ano e e dois meses, suspensa, e realizou por quatro vezes trabalho comunitário, “sempre no Hospital de Abrantes”, explica.

O sótão da casa onde reside Jorge Ferreira Dias está repleto de documentos, projetos e maquetes relativos a processos que correram mal para o construtor. Foto: mediotejo.net

A gota de água que encheu o copo do diferendo com a autarquia caiu em outubro de 2012, quando Jorge Dias Ferreira, movido pela “penalização” dos seus negócios sem resolução à vista, entrou na Câmara Municipal e ameaçou e ofendeu a então presidente da Câmara, chamando-lhe “mentirosa, interesseira e oportunista”. Também levantou a mesa de reuniões ao ar, partiu copos e garrafas de água, acabando por ser levado por agentes da Polícia de Segurança Pública, depois de, num último grito de revolta, ter arrancado parte da barba que na época não cortava há cinco anos. Naquele momento, corriam sete processos nos tribunais.

Desse incidente resultou um processo crime “de 900 páginas”, com o tribunal a solicitar uma consulta de psiquiatria, ou melhor, “uma consulta de controle de raiva, psicologia e psiquiatria”, detalha. Mais tarde, Jorge Dias Ferreira voltou à Câmara exigindo respostas, momento em que voltou a ameaçar o Executivo camarário – desta vez de morte -, o que lhe valeu um novo processo crime. Durante um ano e dois meses foi acompanhado nas consultas de psiquiatria do Hospital de Tomar.

movido pela “penalização” dos seus negócios sem resolução à vista, entrou na Câmara Municipal e ameaçou e ofendeu a então presidente da Câmara, chamando-lhe “mentirosa, interesseira e oportunista”

Em 2016, nova polémica com a Câmara aquando da inauguração da ETAR dos Carochos, que fez esperar até o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, mais de uma hora. Jorge Dias havia assinado um contrato de promessa de venda de terreno para a construção de uma nova Estação de Tratamento de Águas Residuais, com a Abrantáqua, empresa responsável pela gestão do sistema de recolha e tratamento de águas residuais do Município de Abrantes. O contrato de promessa não foi cumprido e a escritura pública não se fez atempadamente, mas fora construída a nova ETAR no terreno, sem autorização de Jorge Dias.

A cerimónia de inauguração começou por isso com algum atraso, uma vez que o construtor, então proprietário do terreno, barrou o acesso ao equipamento com uma carrinha dizendo que apenas havia autorizado a desmatação e o levantamento topográfico na preparação do terreno para a construção. Jorge Ferreira Dias acabaria por permitir a inauguração “por não gostar de ver os esgotos a correr para o Tejo”, diz.

Jorge Ferreira Dias na Suíça numa das suas viagens pela Europa para observação de parques temáticos

No decurso de toda esta história, Jorge Ferreira Dias foi sujeito a vários processos crime. Tudo, diz, porque nunca se calou e pediu às autoridades para investigarem. “Tudo arquivado”, revolta-se, lembrando ainda que também interpôs junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria um processo para compensação por perdas e danos, num valor aproximado de seis milhões de euros.

Por mais anos que passem, na sua cabeça estão sempre preocupações relacionadas com a situação judicial. “É preciso que se faça Justiça”, pensa, repensa e mantém a fé em Deus. Considera-se “um mártir, uma vítima do sistema”, e não sossegará até ao dia da sentença final. Até lá, vai vivendo do Rendimento Social de Inserção e como pastor do gado que ainda mantém: “Tenho de sobreviver!”

*Reportagem de Paula Mourato, com fotos de Paulo Jorge de Sousa, publicada em março de 2019, republicada a 30 de maio de 2019

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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48 Comentários

  1. Boa noite. Excelente trabalho, afinal um testemunho e história de vida. Interessante, gostei da leitura e opto por não comentar os factos em si que, são deveras elucidativos tendo em conta a forma como se “arrastou” e deixou esta personagem na miséria.

  2. Os milhares de pequenos “Jorge Ferreira Dias” que existem, cujas histórias ajudaram ao colapso das economias locais do país, e consequentemente, da economia portuguesa, apenas demonstram a existência de uma cultura de corrupção generalizada, quase genética, levando à impossibilidade quase certa de, algum dia, Portugal voltar a ser um “País”!

    1. De fato, caro leitor, se faz favor reflicta um pouco na maneira como vivemos; afinal, a comunicação social é que tem que trazer à consciência das pessoas a indignação sobre a lamacento selvajaria indigna a que todos se habituámos. Afinal só se levanta indignação por efeitos da comunicação social, que bem, move até aqueles que já não se lembram de comensal-mente, terem colaborado neste festim ou banquete social do esfola uns aos outros, que se vive na generalidade mais ou menos em todas as autarquias deste nosso atual porco galito. Até a senhora da limpeza da Câmara diz que não precisa de fazer projectos de obra.

      A podre raiz social administrativa pública, mais perto do povo está assim, não todas as Câmaras, mas a grande maioria. A final somos todos portugueses, sem excepcionar qualquer competência pública, “jubilada ou não”. Quer sejam os estritos colaboradores públicos no uso da Câmara Local, ou até a maioria do acostumado serviços público – parte tecido público local, sem excepção. Na maioria das localidades, uma Câmara – trata-se do maior empregador público local.
      Vejamos o meu caso:
      Vai para 25 anos que colaborados da Câmara local, falsificaram a verdade material dos documentos que nela criaram, também sobre propriedade imovel, para oferecer à justiça em continuado proveito próprio, para me roubarem habitação através da justiça; destruíram-me também duas habitações até à ruína, tudo falsificando em continuado, com toda a servil colaboração a qualquer agente público local, pagando eu toda a vida prestações à banca, sobre tais bens sem os poder usar; sem excepcionar qualquer agente público local (incluindo justiça), agiu/age parcial com tais actos. Não me venham cá com indignaçõesr que o Sr. Jorge Dias foi alvo de actos praticados por uma só pessoa MCAlbuquerque; no mínimo – foi só a mandante, pois, todos lhe disseram: amem senhora Presidente.
      É assim que se apura a máquina política atual, na generalidade. “Quem não tem padrinhos morre moiro”. É melhor começarem a ensinar os velhos ditados na escola primária para compreenderem como somos socialmente.
      A comunicação social no caso do Sr. José Dias transporta o resultado de uma Estrutura que funcionou em torno desta senhora. E, todo aquele, tal como eu, e o Sr. José Ferreira Dias, que não der luvas a funcionário Camarário, está condenado à perseguição e miséria. Nenhum Português acredita que daqui vá sair na justiça, devidos reparos e responsabilização ao prevaricador, mas devia de sair, para dar esperança à vida social.
      A corrupção mata. O Sr. José Ferreira Dias está na miséria, perdeu tudo, eu estou ainda pior do-que ele também na miséria – tudo por causa da vida parasita-laxista-subserveniente a que um Pais ex-mala de cartão, foi submetido por estes grupos, ou clubes propagandistas do luxuoso infortúnio, que nada de intenção em servir o Estado tem, mas a servirem-se a eles, no geral, óbvio.
      Pobre justiça, feita por todos, onde todos os portugueses, estamos assim, ou cuida-se pensar que há só este caso e o meu em Portugal, “vão uns vem outros, que é voto cívico, em pessoas lustrosas, sem cívico”.

  3. Este homem que subiu na vida a pulso merecia melhor sorte se tivesse tido uma câmara municipal que o respeitasse na sua dignidade. Parece que foi o que não acontece e hoje este homem está reduzido á miséria porque a justiça tarda em pôr tudo em pratos limpos. Num país de corruptos estas situações repetem-se quase diariamente e continuam a criar novos “jorges”

  4. Um tema que merecia ser do conhecimento do público em geral, para que se veja a “mafia” que controla certas autarquias. Espero que o 6a às 9 ou a Ana Leal peguem nisto e façam ouvir o senhor até que lhe seja feita justiça.
    Bem hajam.

    1. Um assunto com matéria para a nossa grande investigadora Ana Leal, assim espero ver!..

  5. Conheco-o pois todos os meses vem buscar o saquito de alimentos à Cáritas da Chainça para apoiar a sua penúria. Como foi possível não ter aproveitado pessoa tão amante desta terra de Abrantes? Admiro a sua fortaleza e espero um pouco de humildade da parte de quem julgou ser melhor votá lo ao silêncio mas já reconheceu ter se enganado.

  6. País miserável este,que trata assim os seus concidadãos .
    Está corrupção nojenta instalada no sistema foi é e será a destruição de muitos cidadãos como este que lutaram uma vida em prol do enriquecimento do seu país .

  7. Lamento esta história de vida ter tal desfecho. Talvez agora alguém se preocupe em repor a verdade porque até aqui a verdade era “sempre” a que os grandes diziam. Como felizmente se começa a ver que a impunidade já não salva “presidentes e doutores” bom seria que outros lesados se juntassem e fizessem valer os seus direitos porque, decerto, este caso não será único. O meu pai esteve na construção da Barragem de Belver e mais tarde foi carpinteiro na Construtora Abrantina , talvez tenha sido companheiro do avô desse senhor. Espero que depois de tanta perseguição e porque pastoreia gado,ninguém se lembre de lhe ir retirar o subsidio que o Estado lhe dá.

  8. Quando não se entra nos esquemas de corrupção das autarquias os empresários ficam na miséria.Triste realidade no nosso país.

  9. As autarquias estão cheias de políticos parasitas que não têm jeito para nada, a não ser para “Chico espertices”. Cambada de inúteis “lambe botas” que vivem de corrupção e jogos de interesses. São a imagem política deste país? Porque acham que só eles e os amigos deles é que votam nas eleições? Mas vejam como eles sobem de presidentes de câmara a secretários adjuntos e secretários de estado rapidamente, apenas cumprindo com os jogos de favores que lhes vão sendo pedidos. Somos governados pelas pessoas mais incapazes deste país, sem valores nem moral, mas dotadas de grande habilidade ardilosa e de grande capacidade de mentir constantemente sem pingo de vergonha.

  10. O mal do homem, foi não encher a barriga daqueles usurpadores, que em troca de uma assinatura, querem levar o que o homem podia ganhar na obra. Viu.se que senhor é um homem de tomates, mas quem é sério só fica a perder num país de ladrões. Tem de aprender com a músca que eles tocam.

  11. Foi o pior episódio de abuso de poder e perseguição que vi em Portugal e no mundo. Embora reconheça que existem milhares de pessoas que passarão ou passam por estes cenários “políticos”, há de todo um”bando de portugueses” a votar nas mesmas pessoas que deixaram o empresário nesta situação. É um grande incomodo o piri-piri (picante) no nosso olho, no olho alheio é quase que nada, por essa razão os filhos da terra não se organizaram em protesto.
    Ladrões. Digo ladra. Hoje é o que é pela mão honrosa com que deixou cair milhões de portugueses que desse pequeno património viveram e sonharam. Secretária do Estado? Olha se tivesses cá em Moçambique já levavas umas palmadinhas nesse “rabinho”. No inferno o chefe te espera e que se faça a justiça.
    Tenho dito!

  12. Mais um de muitos casos semelhantes que são vitimas das máfias da politica portuguesa…………..Neste caso com o agravante que a manhosa que o mandou abaixo estar em posição elevada no actual governo

  13. Obrigada Paula Mourato por se ter dado ao trabalho de contribuir para esclarecer este caso. Esperemos que o Sr. Jorge Ferreira Dias venha a ver reconhecida pela justiça, tão grande injustiça, e que possa desfrutar em vida o que lhe é devido. Pobre País este que é governado por pessoas como estas, que criaram ao Sr. Jorge Ferreira Dias tão mau viver.

  14. Pobre Senhor,quanta pena ,tenho dele,por ter vivido e convivido ,com gatunos.O nosso sistema jurídico, está só mais baixo nível, só mesmo por justiça de praça pública. Quantos seres humanos ,não são meras cobaias dos que se dizem poderosos do estado.Triteza

    1. Já vai em Ministra e até mudou de nome (agora é Antunes) talvez na esperança de comprar um “começo limpo”…

  15. Inacreditavel como ja lhe foi dada razao tantas vezes e ninguem com tomates neste pais paga o que o senhor Jorge tem direito. Vi a reportagem na TV esta semana, nao conhecia este caso mas so posso dizer uma coisa….tem tido muita coragem e paciencia este senhor. Mas o pior é que a escumalha que anda na politica, faz porcaria, erros atras de erros e mesmo assim conseguem lugares no governo. Incrivel ao que chegou este pais. Tenho pena…muita pena e nojo. Acredito que este senhor vai em breve passar dias melhores, acredito que depois de vir a publico as coisas vao andar mais rapido….prisao para todos os bandidos que trataram assim um grande homem…o sr Jorge Dias.

  16. Triste pais, temos, com tanta corrupção, que em vez de dar valor a um homem com visão e ambição de futuro, apenas lhe dão pregos para o caixão.
    À espera que morra para tudo sucumbir.
    Claro que a agora secretária de Estado, a esta hora já comprou tribunais e juizes, para tudo ficar como está..e a cara de insignificância do actual presidente da autarquia, sabe bem o poder de quem tem por trás.

    Pais de parasitas.. se fosse eu, passar miséria por passar passava na cadeia..mas ia levar muitos para o caixão..

  17. O ultimo dinheirito seria para comprar um canudo e seria a ultima coisa que fazia na vida mas os ditos cujos não fariam mal a mais ninguém podem ter a certeza

  18. Uma realidade: A boa reportagem, séria e compreensível. Outra triste realidade, a série de respostas aqui inseridas a destilar ódios e recalcamentos, provavelmente, mas também muita ignorância e poucos conhecimentos sobre os casos. Assistiu-se a um relato jornalístico, ou peça jornalística como queiram, que olvida certos casos, certamente, a que correspondeu pessimamente o actual presidente de câmara. De resto é só comentários soezes a rondar a ofensa. Ao fim e ao cabo também a megalomania.

  19. Os CAMARADAS da “republica” de constituicao SOCIALISTA atacam de novo …
    Constituição de e para os CAMARADAS que lógico IMPEDE a eleição directa e uninominal de representantes e independência do judiciário ATACA. Mas assegura o sustento dos CAMARADAS da nomenclatura as custas do povo VASSALO

  20. Coragem, resiliência,honra e dignidade foi coisa que não faltou ao Sr Jorge Ferreira Dias com provas dadas.
    Do outro lado uma ex autarca com discursos queques,vazios,fugindo às responsabilidades e refugiando-se agora na capa de um governo.
    O actual autarca com poker face , hipócrita e com um discurso primário ……enfim uma triste realidade dos autarcas que temos hoje

  21. Estamos num país onde a corrupção é premiada. Também eu e o meu marido temos um caso semelhante, não envolve a Câmara, mas envolve a Caixa Económica Montepio Geral e o Sindicato da Construção Civil de Braga. O tribunal ainda não nos deu razão, mas dará certamente quando o processo for visto com olhos de ver. Foi ignorada uma vistoria, e, vai ser aí, o pontapé de saída para avançar. Ligados ao caso, outros pormenores vão aparecer. Estamos dispostos a fornecer elementos a um, ou uma jornalista, que queira deslindar esta teia de interesses.

  22. jorge ferreira dias e um homem de caracter porque merce de tanta gente querer viver de extorsao como foi o caso dos funcionarios camararios e de tantas roubalheiras feitas a este sr com toda a certeza o desfecho seria outro porque muitas pesoas usam e abusam daquilo que nao e deles tudo tem um final e todos os que injuriaram este homem pagarao um dia

  23. Este país está a saque. Alguém duvida?
    Se querem e têm, a justiça disfuncional, a educação amordaçada e a saúde de rastos, é para nos tirar reação para continuarem a perseguir as pessoas desta e doutras formas.
    E o Costa, chefe da pandilha, assobia para o ar como sempre fez.
    Deixem andar e quando chegar a vossa vez, então queixem-se.

  24. Boa tarde,
    Depois de ver a reportagem da Ana Leal, fiquei incrédulo com o que vi e ouvi. Pensava que no século 21 não era possível acontecer algo parecido no nosso Portugal democrático.

    Com o 25 de Abril, regozijei e trabalhei com todas as minhas energias para que nos aproximássemos da Europa social, mas afinal enganei-me e ajudei, sem querer, á criação de seres anormais, corruptos, desumanos e sem o mínimo de pudor.

    Garanto uma coisa, ser eu a vitima no lugar deste Snr. Jorge, passaria o resto dos meus dias na cadeia, mas com muita honra pelo dever cumprido, na certeza que esta cáfila de gente já não repetiam estes atos e assim também serviria de exemplo.

    Esta gente não tem razão de existir, nem o direito .

  25. Sei que ha um Movimento com recolha de assinaturas mas não encontro. A banditagem nas Camaras é incrivel, desde o fiscalzinho ao presidente. Portugal está pôdre

  26. Em vez de 5 canais de futebol, devíamos preocuparmos-nos saber o que é a organização da politiquice, das Ordens públicas que funcionam em nome do Estado. Isto além de serem coisas que já nem no Corno de África existe. Os males maiores do País estão não num propagandista (politico), mas no funcionamento promiscuo que até achamos bem, e vamos todos lá votar, em jeito de pompa e circunstancia, para o nosso Presidente de Câmara nos ver. Que hipocrisia. Somos mesmos assim. Mas, nem todos são assim tão ignorantes. Toda a máquina público local funcionou no amem a lixar o homem, mesmo sendo a cabeça de ferro a MCAlbuquerque. Então e cadé os advogados, na 1ª, 2ª Instância fizeram serviço do faz de conta, como sempre; é a praxe e tantas coisas mais. Adeus xicuração, somos assim.

  27. Não conheço o caso em concreto, mas não tenho dúvidas da burocracia, incompetência, corrupção que grassam em muitos organismos Públicos. Este homem merece ser apoiado para que o Estado faça alguma coisa e que a Justiça não se dobre aos poderosos.

    1. O problema é mesmo que o estado já faz e faz demasiado e tudo o que faz é destrutivo para o os empresários individuais, os socialistas sempre se focaram em destruir ao máximo a classe média.

  28. A coisa mais triste é quando é a burocracia e o governo que destroem a vida daqueles que tentam empregar e fazer algo do nosso país, é fruto do eterno socialismo português que nos assombra e assombrará para sempre, todo o empresário é burguês excepto os franceses e os alemães, esses são deuses na terra e temos de fazer todos para os agradar porque senão visto que já demos cabo dos empresários locais ficamos sem nada.

  29. Que policia judiciaria,jornalistas ,advogados com competência se debrussem nesta luta contra corrupçaõ e mafia Portuguesa…p.f naõ esquecer este roubo!!!!

  30. Por essase por outras eu sou contra a regionalização, que só traria mais oportunidades para os parasitas.

  31. Eu pouco acredito na justiça pois quando a Sra Ministra da justiça aceita enviar um corículo falso a união europeia acho que esta tudo dito, coragem Sr Jorge dias eu me vi também com injustiças desse tipo com a camara de Leiria a muitos anos mas por conselho do meu Advogado acabei por levar a melhor caindo na boa amizade de todos os empregados da camara mesmo havendo alguns que eu gostaria de os encontrar em terreno de caça au javali kkk a muita corrupção mas é sempre melhor tentar em cair dentro do barco deles porque se não é o nosso barco que vai au fundo e o deles fica flutuando numa boa ,no final me sai bem na fotografia

  32. País onde a corrupção está instalada é país sem futuro. Cabe -nos a nós cidadãos estar alerta e denunciar todas as situações que conheçamos de corrupção. Já sei que isto está no adn de certas pessoa que têm a mania que são os donos disto tudo. Mas cabe -nos a nós lutar contra os que julgam que isto é a sua quinta, onde podem fazer o querem e lhes apetecesse. Sr.Jorge, força continue a lutar por aquilo a que tem direito. Bem haja.

  33. Interessante. Hoje mesmo sabemos que a senhora que está na base disto (Ministra da Agricultura) nomeou uma advogada exemplar para trabalhar consigo. Tudo dito.

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