Joaquim Candeias da Silva

Os dez prémios anuais da Academia Portuguesa da História (APH) são, esta quarta-feira, entregues na sala Portugal da Sociedade de Geografia de Lisboa, numa cerimónia em que a “Oração de Sapiência” é proferida por Emanuel d’Able do Amaral, arquiabade de S. Bento da Baía. Joaquim Candeias da Silva está entre os distinguidos.

O investigador, professor universitário (aposentado) e historiador residente em Abrantes, Joaquim Candeias da Silva, é galardoado esta quarta-feira, 5 de dezembro, na Sociedade de Geografia de Lisboa, na capital do país, pela APH pelo seu livro “Orca (Fundão, Castelo Branco) – Monografia Histórica de uma Freguesia com um passado multimilenar”, numa edição da RVJ Editores, publicado no início deste ano. Candeias da Silva recebe o Prémio Pedro da Cunha Serra, no valor de 500 euros.

A obra, cerca de 500 páginas, procura homenagear as gentes da freguesia no concelho de Fundão, distrito de Castelo Branco. Uma homenagem que, como refere o autor neste livro, é feita “através de um marco perene e significativo, um povo que é o meu povo e gente que é também minha gente, porque herdeira de gentes que me fizeram gente”.

Nascido a 27 de outubro, de 1946, na Orca, Joaquim da Silva licenciou-se em História, na Universidade de Coimbra, sendo ainda mestre pela Faculdade de Letras, da Universidade de Lisboa, e doutor em Letras (História) pela mesma Faculdade.

Joaquim Candeias da Silva já foi agraciado com a medalha de prata de Mérito Municipal da Câmara Municipal do Fundão, com a medalha de Honra do Município de Abrantes, e com a placa de “Profissional do Ano Rotário” do Rotary Club de Abrantes. Em 2013 mereceu, pela Academia Portuguesa da História, o Prémio Laranjo Coelho.

A APH foi fundada em 1720, por D. João V, e restaurada em 1936, sendo atualmente presidida pela historiadora Manuela Mendonça.

Conta atualmente com 447 académicos, dos quais, 93 “de mérito”, 79 “honorários”, 30 são “académicos de número portugueses” e 11 académicos de número brasileiros, e ainda quatro “académicos beneméritos” e 230 “académicos correspondentes”, informou a instituição.

Segundo o sítio da APH na Internet, a academia “desenvolve a sua atividade visando a permanente valorização e conhecimento do passado histórico português, com critério de isenção, mas sempre cultivando a importância da identificação de um povo com a gesta dos seus antepassados”, e é um órgão consultivo do Governo em matérias da sua competência.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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