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O Bloco de Esquerda de Abrantes (BE) defende a ligação do IC9 a uma nova travessia sobre o rio Tejo em Tramagal, tal como está inscrito em Plano Rodoviário Nacional (PRN 2000).

Em comunicado, esta terça-feira, 22 de janeiro, o BE de Abrantes entende que “as conclusões dos estudos que suportaram a decisão de optar pelo traçado do IC9 previsto no PRN 2000, entre as quais o troço que liga Ponte de Sor e o Alto Alentejo à A23 e zona Centro/Norte está bem fundamentado, planeado e ancorado em vários estudos e projetos nomeadamente na concentração de população, funções urbanas, serviços e pólos empresariais, pelo que se mantém atual”.

Nesse sentido, consideram os bloquistas que “defender outra solução será um retrocesso para o território ao qual o BE de Abrantes não quer ficar associado”.

Face a posições vindas a público que advogam “a deslocalização da travessia”, o BE reafirma “a posição de defender o traçado do IC9 – traçado que é parte integrante do PRN 2000, do qual alguns troços já foram concluídos” apresentando como principal argumento “o facto de já estarem efetuados todos os estudos exigidos por lei”.

Congratula-se, por isso, que a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo tenha proposto, recentemente, ao Governo a conclusão do IC9. No que concerne ao concelho de Abrantes, “é explicito que a travessia do rio Tejo, será entre Abrantes e Tramagal. O troço até Ponte de Sor tem os estudos de impacto ambiental aprovados, condição essencial para se poder avançar com as obras”, refere o comunicado.

Recorda ainda que na sessão de Assembleia Municipal de Abrantes de 22 de Junho de 2018, a bancada do Partido Socialista (PS) apresentou uma moção apelando para a conclusão do IC9, a qual o BE votou favoravelmente. “O PS aceitou a inclusão de uma sugestão da nossa bancada, no sentido de realçar a importância da região a sul, com destaque para Ponte de Sor”, reforça.

O BE garante não ignorar que no território do Médio Tejo “existe a necessidade urgente de outras travessias ou requalificações das atuais, pois as mesmas são claramente inadequadas, insuficientes e prejudiciais à qualidade de vida das populações”.

Face a esta realidade, o BE de Abrantes considera “desajustado, nem as populações entenderiam, gastar-se mais tempo e dinheiro, do erário público, em novos estudos e projetos, correndo-se até o risco de quando terminados, não haver novamente fundos para executar as obras, adiando a sua conclusão para um futuro incerto com todos os impactos negativos na economia e no desenvolvimento de um vasto território”.

Eleitos do Bloco de Esquerda de Abrantes, Pedro Grave, Joana Pascoal e Armindo Silveira

O Governo anunciou que iria incluir a conclusão do IC9 no Plano de Investimentos 2030, a medida mais relevante para a região do Médio Tejo no pacote anunciado, e que mereceu também o reconhecimento de satisfação por parte da presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (e também de Abrantes) e dos presidentes das autarquias de Constância e de Ponte de Sor, esta última no Alto Alentejo.

O Governo enviou ao parlamento o Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI) que conta com 72 projetos num investimento de 21.950 milhões de euros a realizar entre 2021 e 2030, entre eles a conclusão do IC9, que fará a ligação a partir da zona entre Abrantes e Constância, a Ponte de Sor, e que inclui a construção de uma nova travessia sobre o rio Tejo, na zona de Tramagal, segundo o que está inscrito em Plano Rodoviário Nacional (PRN 2000).

No âmbito da rodovia, o Programa de Construção de ‘Missing´Links’ assinala 260 milhões de euros de investimento e o plano integra o projeto de ligação do IC9 à A23, entre a zona de Abrantes e Constância (Tramagal) a Ponte de Sor, e ainda o IC13, que fará a ligação Ponte de Sor a Alter Chão e Portalegre.

O Programa Nacional de Investimentos (PNI), que estabelece as grandes infraestruturas de nível nacional a construir ou melhorar nos próximos 10 anos, inclui a conclusão do IC9 através da construção de uma nova ponte sobre o rio Tejo, na zona de Tramagal, de ligação a Ponte de Sor, no Alto Alentejo, uma reivindicação antiga dos autarcas da região.

Ponte de Sor vê ainda incluído no Programa Nacional de Investimentos o troço do IC13, que fará a ligação Ponte de Sor a Alter Chão e Portalegre.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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