O movimento autárquico independente ALTERNATIVAcom lançou um comunicado onde se congratula com o facto de o município de Abrantes e a sociedade Iniciativas de Abrantes terem chegado a acordo quanto ao futuro do cineteatro S. Pedro, tendo defendido a urgência das obras de requalificação, mais condições de estacionamento naquele local, a apresentação pública do projeto de requalificação do imóvel e um debate público sobre a programação cultural.
Tendo feito notar que o cineteatro São Pedro é um “equipamento cultural com dignidade e condições para realizar espectáculos e outros eventos que nenhuma outra estrutura no concelho consegue proporcionar”, o ALTERNATIVAcom considera “que as obras de recuperação e beneficiação do Cineteatro S. Pedro são urgentes, a fim de que o longo período de condicionamento da atividade cultural abrantina, com todos os prejuízos que daí têm resultado, possa cessar e os cidadãos possam voltar a beneficiar de uma programação cultural só possível num espaço deste tipo”.
Assim, “convida o executivo camarário a divulgar publicamente, logo que possível, o projeto de reabilitação e beneficiação do Cineteatro S. Pedro, seus anexos e envolvente, bem como todos os custos envolvidos, não apenas os de investimento em obras de construção civil, especialidades e equipamentos, mas também os inerentes à manutenção e exploração corrente deste equipamento cultural” lê-se no comunicado.
Requer ainda o movimento independente que “seja estudada a possibilidade de criação de melhores condições de estacionamento automóvel na zona envolvente e que seja publicamente debatido o modelo de utilização e programação cultural do Cineteatro S. Pedro, o qual deve não só satisfazer as necessidades e preferências dos diferentes segmentos demográficos e sociográficos da cidade e das freguesias, mas também dar o apoio possível às actividades culturais das colectividades do concelho”.
Esta posição do ALTERNATIVAcom diz basear-se “nos termos do acordo tornados públicos e no pressuposto de que foram cuidadosamente ponderadas pela autarquia todas as alternativas possíveis, sejam as relacionadas com as condições jurídicas, financeiras e de propriedade do Cineteatro S. Pedro, sejam as decorrentes de outras soluções que não implicassem os custos a prazo nem as insuperáveis restrições e constrangimentos que este apresenta”.
A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.