O edifício da Câmara de Tomar tem fragilidades no acesso a cidadãos com mobilidade reduzida. Foto: mediotejo.net

A reunião de câmara de Tomar da passada segunda-feira, 1 de outubro, ficou marcada por uma acesa troca de palavras entre a vereadora do PSD, Célia Bonet e a presidente da Câmara, Anabela Freitas e vereadores Hugo Cristóvão e Filipa Fernandes.

Fazendo uma análise dos últimos cinco anos,  a vereadora Célia Bonet considera que o “concelho adoeceu lentamente” e referindo-se à visita às obras do concelho, com a comunicação social a 11 de setembro, disse que as mesmas são aquilo a que se pode chamar de “serviços mínimos”. Para Célia Bonet, estas obras “são muito importantes, mas não são nada de fantástico”, disse. Criticou ainda a forma descuidada como se encontra o parque empresarial, considerando que “o investimento deve ser forte e relevante e não deve servir só para fazer festas”.

Célia Bonet referiu-se ainda à importância do investimento público cruzado com o investimento privado, o que se tem notado no setor do turismo, mas não em outras áreas. “Tomar não pode ficar refém do turismo, pois quando o país passar de moda, Tomar fica com o quê?”, questionou.

A presidente da câmara, Anabela Freitas, começou por dizer que “ainda bem que os tomarenses perceberam as nossas prioridades e nos deram a vitória”. Quanto às obras, adiantou que, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), as obras que foram visitadas no dia 11 de setembro, tinham mesmo de avançar sendo que a opção passou por “distribuir os cinco milhões de euros de investimento por um conjunto de obras, algumas das quais ainda não tiveram início porque os concursos ficaram desertos e também porque temos de coordenar as obras com a Festa dos Tabuleiros do próximo ano, ninguém se está a guardar para eleições”, frisou.

A autarca recordou ainda que o Centro Escolar da Linhaceira só avançou agora porque, no passado, “deixou-se passar os prazos e o projeto teve de ficar na gaveta”. Quanto à captação de empresários, relembrou igualmente que, no passado, o m2 na zona industrial era de cinco euros e, atualmente, é de 0,50 euros.  Abordou também a parceria com o Instituto Politécnico de Tomar do projeto para construção de um Centro de Valorização do Conhecimento que irá permitir a expansão da Softinsa, bem como a criação de outras empresas na área das novas tecnologias.

Também o vereador Hugo Cristóvão salientou que é preciso aprofundar as questões. Disse que no passado o importante “era fazer obra e pensou-se assim durante muitos anos, mas quando chegámos aqui foi necessário organizar a casa e preparar os projetos do mandato anterior”, acentuou.

A vereadora Célia Bonet interveio novamente para responder a Anabela Freitas e Hugo Cristóvão, considerando que o vice presidente aproveitou a sua intervenção para fazer campanha eleitoral. Referiu que Hugo Cristóvão “está sempre voltado para o passado, sendo que muito do que disse não interessa verdadeiramente a ninguém”. Disse ainda que o objetivo do PSD é contribuir, em todas as reuniões, para o desenvolvimento de Tomar e, por isso, defende que se deve “ouvir falar mais no futuro”.

A presidente da autarquia refutou as afirmações de Célia Bonet, referindo que a sensação que tem é que, no passado, devem ter vivido em concelhos diferentes.

Aos 12 anos já queria ser jornalista e todo o seu percurso académico foi percorrido com esse objetivo no horizonte. Licenciada em Jornalismo, exerce desde 2005, sempre no jornalismo de proximidade. Mãe de uma menina, assume que tem nas viagens a sua grande paixão. Gosta de aventura e de superar um bom desafio. Em maio de 2018, lançou o seu primeiro livro de ficção intitulado "Singularidades de uma mulher de 40", que marca a sua estreia na escrita literária, sob a chancela da Origami Livros.

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