Carlos Matias é o atual deputado do BE eleito por Santarém e a distrital quer a sa continuidade. A direção nacional tem outro entendimento. Foto: mediotejo.net

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse hoje, em Santarém, que com a saída do país do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), “a vida das pessoas tem de melhorar”.

“As pessoas perguntam o que isto tem a ver com a nossa vida. Digamos que haverá menos pressão europeia para a necessidade que o país tem, imensa, de investimento público em áreas como a saúde ou como a educação”, disse, reafirmando que o PDE “é uma das muitas absurdas regras da União Europeia”.

Catarina Martins falava à chegada a Santarém, onde assiste hoje à apresentação dos candidatos do Bloco de Esquerda (BE) aos órgãos autárquicos do concelho nas eleições autárquicas de 01 de outubro, num movimento que integra vários cidadãos independentes.

Sublinhando que o PDE “trazia mais pressão contra o investimento publico” e “não resolve os problemas” do país, a líder bloquista declarou que a retirada dessa “regra absurda, como tantas outras”, convoca “para escolhas”, que tenham efeito na vida das pessoas.

“Quando as pessoas veem notícias na televisão do crescimento económico ou da saída do Procedimento por Défice Excessivo, perguntam-se: e agora na minha vida?”

“E agora a vida das pessoas tem de melhorar. É preciso distribuir melhor a riqueza que o crescimento económico proporciona”, colocar mais investimento público “em setores essenciais, como a saúde e como a educação”, e dar resposta aos 2,6 milhões de pessoas a viver em situação de pobreza, declarou.

Para Catarina Martins, “se há boas notícias da economia, o momento é de responder a estas pessoas com mais salário, com mais emprego, com serviços públicos que funcionem, com melhor redistribuição da riqueza”.

A Comissão Europeia recomendou hoje ao Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) o encerramento do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) aplicado a Portugal desde 2009.

Bruxelas defendeu também que Portugal deve garantir que a correção do défice excessivo é duradoura e que “serão necessárias mais medidas a partir de 2017” para cumprir as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).

Portugal terá, assim, de “prosseguir o seu esforço orçamental em linha com as exigências do braço preventivo do PEC, o que implica um esforço orçamental substancial em 2018”, acrescentou o executivo comunitário.

Agência de Notícias de Portugal

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