Foto: mediotejo.net

Da autoria do natural do Olival, Ourém, Hugo Travanca, a árvore de aço com uma eólica no seu topo agora instalada frente à Câmara Municipal de Ourém é a primeira escultura autossustentável do país. A energia recolhida durante o dia permite ligar à noite 36 luzes em torno da “árvore”, cada uma com o nome de um país com emigração portuguesa. Uma homenagem a todos os emigrantes, inaugurada sexta-feira, 11 de agosto, na abertura da Festa do Emigrante, em Ourém.

“A primeira pergunta que me veio à cabeça foi: o que é que os emigrantes têm em comum?”, explicou Hugo Travanca aos jornalistas e posteriormente às dezenas de pessoas que aguardavam o início da sardinhada e do espetáculo da Festa do Emigrante. A resposta foi “as raízes” e daí a ideia da árvore com cinco níveis, representando os cinco continentes, iluminada à noite por energia eólica, uma metáfora à própria energia do esforço emigrante.

Momento reuniu vários emigrantes junto aos Paços do Concelho. Foto: mediotejo.net

A escultura em aço, branca, com cores suaves em contraste, também recebeu o trabalho de Ricardo Faria, engenheiro eletrotécnico, que ajudou a construir a obra. Segundo explicou ao público, foi desenhado um hardware e software específico para a “árvore”, sendo que o município terá acesso aos consumos de energia.

Na base da “árvore” encontram-se 36 focos de luz, cada um com o nome de um país (Brasil, China, Bélgica, etc) destino de emigração portuguesa. A energia gerada durante o dia vai permitir ligar as luzes à noite, tornando esta a primeira escultura autossustentável a nível nacional.

Paulo Fonseca e Hugo Travanca. Foto: mediotejo.net

“Este é um dia simbolicamente relevante para o concelho de Ourém”, comentou o presidente da Câmara, Paulo Fonseca, homenageando-se todos aqueles que partiram do concelho ao longo das décadas em busca de uma vida melhor e que marcaram fortemente a vida do município. “Estamos muito orgulhosos da imagem de Ourém que levaram pelo mundo”, frisou.

Luzes com energia geradas por eólica ligam-se à noite. Foto: mediotejo.net

A Festa do Emigrante vai na sua segunda edição e surgiu a ideia de também ser erguido um monumento que lembrasse as migrações. Surge assim esta “árvore”, um “monumento único no país, com uma componente artística e tecnológica”, referiu.

A escultura teve um custo de 35 mil euros (mais IVA).

Cláudia Gameiro, 32 anos, há nove a tentar entender o mundo com o olhar de jornalista. Navegando entre dois distritos, sempre com Fátima no horizonte, à descoberta de novos lugares. Não lhe peçam que fale, desenrasca-se melhor na escrita

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