Jogo muito disputado na Sertã.

SERTANENSE FUTEBOL CLUBE 0 – CENTRO DESPORTIVO DE FÁTIMA 0
Campeonato de Portugal – Série C – 19ª jornada
Campo Dr.Marques dos Santos
Sertã
27-01-2019

Campo Dr. Marques dos Santos recebeu mais um jogo do Campeonato de Portugal.

Numa tarde ventosa e fria encontraram-se na Sertã duas equipas a realizarem um campeonato aquém das expectativas. O Sertanense, com muitas mudanças no plantel, recebeu o Fátima que dispensou o seu melhor marcador : o ucraniano Jeka. A equipa da casa, no lugar 13, logo acima da linha de água, necessita pontuar com urgência de modo a afastar o espectro da descida.

Rafa Santos “amarra” com segurança à entrada da área.

Os fatimenses começaram melhor e num lance de envolvimento Lucas Abreu foi bem solicitado e de cabeça atirou por cima. Os forasteiros tinham maior tempo de posse de bola mas os da casa espreitavam uma falha para lançar perigosos contra golpes. Aos sete minutos, de livre, Mané rematou contra o guarda redes do Fátima.

Pouco depois foi Balú a obrigar Rafa Santos a ceder canto. Na resposta o camaronês Jahfort, recém chegado do Sporting da Covilhã, rematou forte para defesa de Fábio.

Mané permite a intervenção de Fábio.

Começou a jogar-se muito longe das áreas. O Fátima procurando a segurança do passe e a circulação de bola mas com dificuldade na concretização. O Sertanense, habituado a usar as alas iam ensaiando soluções diversas, jogando mais por zonas interiores. As ocasiões para marcar foram escassas. Aos 19 minutos Barbosa rematou forte mas para fora.

Muita posse de bola do Fátima na primeira parte.

À passagem dos 28 minutos foi a vez de Mané não acertar com a baliza de Fábio. Aos 31 minutos, Sócrates, em nítida subida de forma e de confiança, foi travado em falta em zona frontal. Celsinho, chamado à conversão, rematou forte obrigando o guarda redes Fábio a ceder canto. Jahfort voltou a tentar a meia distância, na conversão dum livre mas o esférico “morreu” na barreira.

Rafa Santos quando requesitado esteve à altura.

O primeiro tempo terminou com um lance algo caricato que poderia ter consequências gravosas para a equipa da casa. Com o guarda redes Rafa Santos muito adiantado, o central Jefferson, ainda na sua intermediária, ensaiou um chapéu monumental que sobrevoou o guarda redes do Sertanense e saiu ao lado por muito pouco. O árbitro Bernardo Gonçalves deu por terminada a primeira parte onde o nulo se aceita pela inoperância ofensiva de ambos os conjuntos.

Jogadores de ambas as equipas entregaram-se ao jogo.

Ambos os técnicos sabiam que tinham de fazer alguma coisa para melhorar os índices ofensivos. O segundo tempo começou com Sócrates a executar um remate à meia volta, a testar a atenção do guarda redes Fábio. Sócrates queria ser a figura do jogo e fez por isso.
Aos 52 minutos ensaiou mais um bom remate que passou por cima mas muito perto da baliza.

João Vitor e Sócrates num duelo aéreo.

O minuto 13 da segunda parte foi aziago para o avançado Mané. Um livre, batido do lado esquerdo encontrou o senegalês do Sertanense em boa posição para cabecear. A bola embateu na trave com estrondo para desespero das hostes da equipa da casa.
Aos 64 minutos surgiu a resposta do lado da equipa de Nuno Kata. Um livre batido por Laranjeiro esbarrou no poste da baliza de Rafa Santos. Na emenda, Tiago Calila ainda introduziu o esférico na baliza mas em posição irregular, segundo o árbitro auxiliar.

A bola já saiu do pé de Laranjeiro e só vai parar no poste.

A meio do segundo tempo Mané voltou a estar em foco ao cabecear para o guarda redes Fábio. Pouco depois, na conversão de um livre, o esférico voltou a encontrar a cabeça de Mané. Desta vez saiu ao lado.

Com o Fátima a sofrer um verdadeiro “apagão” no jogo, o Sertanense ia porfiando mas o esférico, teimosamente, não encontrava o caminho da baliza.

Na segunda parte o Sertanense tudo fez para marcar.

Aos 71 minutos, Sócrates, de livre direto à entrada da área, disparou por cima.
À passagem da meia hora da etapa complementar o Sertanense beneficiou de um canto. A bola passou por todo mundo e João Jesus não conseguiu concretizar no segundo poste.

Aos 88 minutos a equipa de Hugo Martins, na sequência de um livre em zona frontal, viu João Jesus a rematar para fora. Em cima dos 90 minutos Tiago Correia ensaiou um “raid” na área contrária, driblando vários adversários. Do remate contra um defensor resultou um canto.

Hugo Martins lançou Davou no jogo aos 82 minutos.

Subiu a placa com o algarismo “três”, os minutos de compensação concedidos por Renato Gonçalves. Tempo ainda para um livre direto para a equipa da casa que os fatimenses afastaram. Foi o último lance dum jogo bem disputado. O Fátima com uma primeira parte interessante em termos de circulação de bola desapareceu ofensivamente no segundo tempo. O Sertanense, com melhor pontaria, seria um justo vencedor. Arbitragem sem problemas.

FICHA DO JOGO:

SERTANENSE FUTEBOL CLUBE:
Rafa Santos, Tito Júnior, João Jesus, Tiago Correia, Kevin, Sócrates, Batista, Barbosa (Luís Dias), Celsinho. Jahfort (Davou) e Mané (Martin Luther King).
Suplentes não utilizados: Miguel assunção, Bruno, Cleiton e Iáiá.
Treinador: Hugo Martins.

Sertanense Futebol Clube.

CENTRO DESPORTIVO DE FÁTIMA:
Fábio, Jefferson, Miguel Neves, José Miguel (Fred), Balú, João Vitor, Lucas Abreu (Miguel Pereira), Yago (Miguel Miguel), Tiago Calila, Laranjeiro e Miguel Alves.
Suplentes não utilizados: Sardinha, Thomas, Rui Rodrigues e Dylson.
Treinador: Nuno Kata.

Centro Desportivo de Fátima.

EQUIPA DE ARBITRAGEM:
Renato Gonçalves, Hugo Santos e Francisco Correia (AF Guarda).

Equipa de arbitragem: Renato Gonçalves, Hugo Santos e Francisco Correia com os capitães.

No final fomos ouvir os técnicos em Conferência de Imprensa:

Hugo Martins-Treinador do Sertanense.

 

Nuno Kata-Treinador CD Fátima (foto: mediotejo.net)

*Com David Belém Pereira (fotos).

Nasceu a 30 de Janeiro de 1961 em Lisboa e cresceu no Alentejo, em Santiago do Cacém. Dali partiu em 1980 para ingressar no Exército e no Curso de Enfermagem. Foi colocado em Santa Margarida e por aqui fez carreira acabando por fixar-se no Tramagal em 2000. A sua primeira ligação à Vila "metalúrgica" surge em 1988 como Enfermeiro do TSU. Munido da sua primeira câmera digital, em 2009 e com a passagem à situação de reserva, começou a registar a fauna do Vale do Tejo, a natureza e o património edificado da região, as ruas, as pessoas... Com colaborações regulares em jornais da região e nacionais este autodidata acaba por conseguir o reconhecimento público, materializado em alguns prémios. Foi galardoado na 8ª Gala de Cultura e Desporto de Tramagal na categoria de Artes Plásticas (Fotografia) em 2013.

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