O filme de Terry Gilliam filmado no Convento de Cristo, em Tomar, “O Homem que Matou D.Quixote”, conseguiu encerrar o Festival de Cannes no último sábado, 19 de maio. A polémica em torno dos direitos do filme com o realizador português Paulo Branco chegou a ameaçar a estreia, mas o tribunal viria a permitir a exibição.
A filme tem sido marcada pela polémica, com vários problemas, nomeadamente de financiamento e atores, a atrasarem a sua realização desde que foi idealizado em 1989. Em 2016 Terry Gilliam começou a preparar a produção com Paulo Branco, da Alfama Films, mas acabaria por pedir a anulação do contrato.
Gerou-se então uma disputa legal pelos direitos do filme, entretanto gravado e com estreia mundial marcada para 19 de maio, no encerramento do Festival de Cinema de Cannes. Paulo Branco ainda colocou uma ação em tribunal, em Paris, contra o Festival, para impedir a exibição da película, mas esta seria recusada e o filme estreou mesmo no último sábado.
A registar há também a polémica resultante das gravações no Convento de Cristo, que terão causado alguns danos ao edifício. A situação foi divulgada numa reportagem do programa Sexta às 9 em junho do ano passado e resultou na abertura de um inquérito pela Direção-Geral do Património Cultural.
O filme possui alguns nomes de peso na indústria do cinema, para além do próprio Terry Gilliam, que pertenceu aos Monty Python. Os atorees Jonathan Pryce e Adam Driver, a mais recente cara da série Star Wars, encabeçam os papéis principais. A atriz portuguesa Joana Ribeiro também participa no filme.
Cláudia Gameiro, 32 anos, há nove a tentar entender o mundo com o olhar de jornalista. Navegando entre dois distritos, sempre com Fátima no horizonte, à descoberta de novos lugares. Não lhe peçam que fale, desenrasca-se melhor na escrita