Encerrou na manhã de sábado, 2 de julho, o 3º Encontro Ourém – Minas Gerais, que trouxe ao concelho de Ourém meia centena de empresários e políticos brasileiros. No seu discurso final, o presidente da Câmara, Paulo Fonseca, deixou o Centro de Negócios de Ourém à disposição para que se torne a base deste estado brasileiro “para os 580 milhões de consumidores da União Europeia”. Anunciou ainda vários protocolos assinados com o estado de Minas Gerais, entre os quais um passaporte turístico para locais religiosos e uma escola portuguesa em Belo Horizonte (Brasil).
O encerramento do certame contou com a presença do secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches. No seu discurso, Paulo Fonseca salientou as diferenças entre “internacionalização” e “exportação”, referindo que os dois termos não significam propriamente trocas comerciais. “Esta ignorância pode ser fatal”, frisou, colocando de seguida o Centro de Negócios de Ourém ao dispor dos empresários mineiros, como um entreposto empresarial em Portugal para o resto da Europa. “Em Ourém não há tudo (…) mas estamos próximos de tudo: Porto, Lisboa, Roma, Berlim. Queremos assumir-nos com essa vocação”.
O autarca adiantou ainda que durante o encontro foram assinados vários protocolos com o estado de Minas Gerais. Entre os quais destaca-se uma “rota turística e espiritual”, que se traduz num passaporte de carimbos que tem início no Centenário de Fátima em maio de 2017, passa pelo Santuário de Nossa Senhora da Piedade (Brasil) e termina no tricentenário de Nossa Senhora da Aparecida (Brasil). O turista, para carimbar todo o passaporte, passa por Fátima, 33 municípios de Minas Gerais e seis de São Paulo (Brasil), numa rota por locais religiosos de tradição portuguesa. “Isto significa economia”, frisou Paulo Fonseca.
Foi ainda assinado um protocolo para um escola portuguesa em Belo Horizonte e outros entre a Escola de Hotelaria de Fátima e Minas Gerais. “Agora vamos amar-nos para que venham filhos”, terminou o presidente.
Cláudia Gameiro, 32 anos, há nove a tentar entender o mundo com o olhar de jornalista. Navegando entre dois distritos, sempre com Fátima no horizonte, à descoberta de novos lugares. Não lhe peçam que fale, desenrasca-se melhor na escrita