A Polícia de Segurança Pública (PSP) percorreu várias localidades do distrito de Santarém que não possuem este destacamento, para explicar o que fazer a armas e explosivos por legalizar. A ação decorreu durante o mês de maio e terminou esta terça-feira, dia 31, em Alcanena. Foram recebidas mais de uma centena de armas e registadas mais de 100 mudanças de livretes.
Um “balanço francamente positivo”, sublinhou o subcomissário Carlos Pereira, referindo que a adesão à iniciativa, que vai na sua terceira edição, tem aumentado de ano para ano. A viatura itinerante da PSP esteve estacionada em localidades como Fátima, Chamusca, Alpiarça ou Samora Correira, entre outras, explicando-se ao público o que fazer com armas cuja licença está caducada ou que foram recebidas de herança.
O subcomissário Carlos Pereira reconheceu ao mediotejo.net que a legislação sobre armas e explosivos é complexa e que o cidadão comum nem sempre sabe como atuar, ficando com receio de se dirigir à PSP, entidade responsável por este setor. Neste sentido, a PSP tem ido ao encontro da população, que, de ano para ano, mostra mais aderência à iniciativa.
Os problemas tradicionais estão relacionados com licenças caducadas ou armas recebidas de herança, que ficam durante décadas guardadas sem que os proprietários saibam que destino lhes dar. Nesta edição a PSP recebeu mais de uma centena de armas nestas condições, tendo também aberto o mesmo número de processos de mudança de livretes (a data limite para esta mudança era 2008, mas a PSP ajuda a regularizar).
A campanha pretendeu ainda esclarecer os cidadãos em relação às armas que são ou não ilegais. As armas elétricas ou o conhecido gás pimenta não são ilegais, desde que o proprietário tenha a devida licença para o seu uso. Já navalhas de mola ou com lâminas acima dos 10 centímetros não são permitidas, a menos que estejam vocacionadas para uma determinada função específica.
Na manhã de terça-feira em Alcanena, a PSP já tinha recebido duas espingardas. Para qualquer dúvida de regularização de licenças ou entrega de armas, o subcomissário Carlos Pereira apela a que as pessoas não tenham receio de se dirigir à PSP.