O Tribunal de Santarém declarou a prisão preventiva a um homem de 30 anos pela presumível autoria de múltiplos incêndios, nos últimos dois anos, no concelho de Alcanena, disse hoje à Lusa fonte da PJ.
Em declarações à agência Lusa, a fonte oficial da PJ de Leiria disse que o indivíduo, solteiro e sem profissão definida, foi presente ao juiz do Tribunal de Santarém na sexta-feira tendo visto ser-lhe “aplicada a medida máxima de coação, a prisão preventiva”, depois de interrogatório judicial.
Em comunicado, a PJ, através do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, tinha anunciado na sexta-feira a detenção de um homem de 30 anos pela presumível autoria de um crime de incêndio florestal ocorrido no concelho de Alcanena, distrito de Santarém.
“Agindo num quadro impulsivo, está fortemente indiciado de, no dia 08 de agosto, entre as 21:00 e as 21:30, ter ateado um foco de incêndio”, num terreno com mato e pinheiros, tendo ardido uma área de cerca de 10.000 metros quadrados, é referido no comunicado.
“O incêndio só não atingiu maiores proporções devido à pronta intervenção de dez corporações de bombeiros”, pode ainda ler-se na nota de imprensa.
A PJ refere ainda que o homem “é igualmente suspeito da autoria de múltiplos incêndios ocorridos este ano naquele concelho, assim como no ano transato”.
A prisão preventiva é a mais grave medida de coação que se pode aplicar a um arguido e só pode ser decretada quando o juiz considerar que há perigo de fuga ou perigo de perturbação do inquérito e, nomeadamente, perigo para a aquisição, conservação ou veracidade da prova ou perigo que os arguidos continuem a atividade criminosa ou perturbem gravemente a ordem e tranquilidade públicas, indica o Código Processo Penal.
Na mesma nota, a Polícia Judiciária de Leiria dá conta de ter identificado e detido este ano 29 pessoas pela autoria do crime de incêndio florestal.
Agência de Notícias de Portugal