Há mais país além do Covid19 e há um conjunto de problemas que exigem a nossa atenção e sobretudo a do Governo da República. Um desses casos são os prejuízos causados pela depressão Elsa que assolou o centro do país em dezembro do ano passado.
Os concelhos do Médio Tejo, à semelhança da região de Coimbra, foram dos mais afetados somando um conjunto de prejuízos por via da destruição de infraestruturas públicas e privadas na ordem 7 milhões de euros em 10 dos 13 concelhos da região (Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha), segundo anunciou então a Comunidade Intermunicipal.
Se se recordam, logo após as primeiras notícias o governo, em particular a Ministra da Agricultura foi célere a anunciar, penso que em jan/fev, os primeiros apoios para os agricultores da região de Coimbra.
Entretanto já o Grupo Parlamentar do PSD tinha questionado o Governo através de uma Pergunta Parlamentar sobre a mobilização de apoios para a nossa região, nomeadamente através do Fundo de Emergência Municipal, que existe precisamente para estas situações, de uma linha de crédito especial ou através da mobilização de fundos europeus.
A resposta chegou há alguns dias, com meses de atraso, pela mão da Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, que foi cabeça de lista do Partido Socialista nas últimas eleições precisamente pelo distrito de Santarém.
Para surpresa nossa, e imagino de todos os autarcas da região com prejuízos nos seus concelhos, a resposta revelava que 6 meses depois e após um levantamento minucioso feito pelas autoridades locais o Governo confessa que está ”a concluir o levantamento junto de todos os municípios e regiões afetadas e, com base nos valores totais apurados e no que consta da nova lei de enquadramento orçamental, será determinado o financiamento que será possível alocar, para fazer face aos prejuízos causados pela depressão Elsa”.
Ou seja, para o Médio Tejo ainda não há nada e o governo chuta a responsabilidade para a CCDR Centro e para a DGAL, ou seja, entidades sob tutela e responsabilidade desta Ministra e do Governo.
Esta situação é inaceitável e bastante gravosa para vários concelhos que já noutras ocasiões foram muito discriminados por este governo quando toca a compensar prejuízos. Penso que não será preciso recordar o que se passou após os incêndios de 2017 e 2019.
Pelo PSD, e principalmente pelos Deputados eleitos por Santarém, esta situação não será esquecida.