O concerto final decorreu na igreja de Areias, Ferreira do Zêzere (Foto: José Gaio)

Chegou ao fim mais um festival de música Zêzere Arts, evento que nesta sétima edição atingiu a estabilidade, a consolidação. A opinião é de Brian MacKay, maestro e principal rosto da organização. “Para nós é um grande orgulho este festival ter nascido em Ferreira do Zêzere”, afirmou, por sua vez, o vereador Hélio Antunes, responsável pela área da cultura.

Esse apoio, a maior participação de alunos nas masterclass, o aumento do número de concertos e a crescente adesão do público levam o maestro a acreditar ser este o ano da consolidação e estabilidade do festival.

Brian MacKay destaca a atuação da Orquestra Clássica da Madeira em dois concertos e as masterclass de violino orientada pelo “grande maestro” Ilya Grubert, entre outros “excelentes professores”.

Brian MacKay é o maestro e principal rosto da organização do Zêzere Arts (Foto: José Gaio)

Para os próximos anos a intenção é “continuar, sempre a tentar melhorar e a crescer”, anuncia o principal rosto da organização.

Este ano, o Zêzere Arts apresentou 12 concertos em Tomar, Ferreira do Zêzere, Vila Nova da Barquinha e Batalha, todos com entradas livres, e uma exposição de artes plásticas, “Water Music”, em Dornes, que pode ser visitada até 1 de Setembro.

“Para nós é um grande orgulho este festival ter nascido em Ferreira do Zêzere”, afirmou o vereador Hélio Antunes, responsável pela área da cultura.

O Vereador Hélio Antunes mostra-se orgulhoso pelo facto do Zêzere Arts ter nascido em Ferreira do Zêzere (Foto: José Gaio)

O autarca corrobora as palavras de Brian MacKay, afirmando que este ano foi o ano de enraizamento do festival. “Até aqui o Zêzere Arts esteve a afirmar-se, a ganhar a sua forma e este ano o festival já é conhecido, as pessoas já sabem o que é, procuram o programa, podemos dizer que o festival se enraizou”, diz, orgulhoso, Hélio Antunes.

Realça também o facto de haver mais público a assistir aos concertos, não só portugueses como estrangeiros. Aliás, para isso contribui a existência de uma significativa comunidade estrangeira em Ferreira do Zêzere, com cerca de 200 cidadãos, em que o festival funciona como ponto de encontro, revela o autarca.

O coro comunitário e a orquestra Zêzere Arts interpretaram duas peças (Foto: José Gaio)

Foram alguns desses estrangeiros que se juntaram e criaram o grupo “Amigos do Zêzere Arts” com o objetivo de recolher fundos e apoiar na organização do festival.

Quanto ao futuro, Hélio Antunes refere que há a garantia de que o festival vai continuar pelo menos por mais dois anos, baseado no acordo com a Comunidade Intermunicipal. Desde a primeira edição que o autarca acreditou nas potencialidades do Zêzere Arts como um evento cultural com características para se consolidar e crescer alargando-se a outros concelhos do Médio Tejo.

O maestro António de Sousa, do coro Canto Firme de Tomar e do grupo Coral de Ferreira do Zêzere, foi um dos convidados para o concerto final do Zêzere Arts.

A peça inicial, de Mozart, e a final, “Promessas”, de Alfredo Keil, juntaram a Orquestra Zêzere Arts e um coro comunitário que congregava elementos dos coros das várias paróquias do concelho e o Grupo Coral de Ferreira do Zêzere num total de cerca de 30 vozes. Foram as peças mais aplaudidas, de pé, e durante longos minutos pelo público.

Cerca de 200 pessoas assistiram ao concerto final (Foto: José Gaio)

O Grupo Coral de Ferreira do Zêzere nasceu há cerca de um ano, depois de um desafio lançado por Armando Cotrim ao maestro António Sousa, do coro Canto Firme, que atua todos os anos na Via Sacra por altura da Páscoa na Frazoeira ou em Dornes.

Armando Cotrim aproveita para lançar o desafio para que mais elementos integrem o Grupo Coral. As atividades são retomadas a 15 de setembro.

O maestro António de Sousa enaltece o facto de os coralistas estarem a começar a “ganhar o gosto”, isto numa organização em que se precisa de disciplina e trabalho.

Armando Cotrim e Maestro António Sousa, do Grupo Coral de Ferreira do Zêzere (Foto: José Gaio)

Quanto ao Zêzere Arts, considera ser um “festival muito curioso e deveras interessante, onde a qualidade é garantida”. Realça ainda o facto de captar vários tipos de público.

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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