A diretora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo disse hoje que o início do processo de vacinação dos 672 profissionais dos centros de saúde da região começou no dia 29 de dezembro e que o primeiro lote de 55 vacinas contra a covid-19 foi administrada no Entroncamento num processo que configura “um momento de esperança” para vencer a pandemia.
“Para nós significa um momento de esperança e pela primeira vez começamos a ver o início do caminho para o fim e de conseguirmos debelar este vírus no sentido de retomar a normalidade nas nossa vidas”, declarou Diana Leiria ao mediotejo.net.
A responsável explicou ainda como o processo de vacinação se vai desenrolar nos próximos meses, começando a primeira etapa pelos profissionais de saúde, profissionais de lares e utentes dos lares de idosos, e afirmou que, quando chegar a sua vez, irá também ser vacinada contra a covid-19.
ÁUDIO: DIANA LEIRIA, DIRETORA EXECUTIVA ACES MÉDIO TEJO:
Houve duas equipas em simultâneo a administrar as primeiras 55 vacinas no ACES Médio Tejo, sendo os primeiros profissionais a receberem a vacina contra a covid-19 um médico de saúde ocupacional de Tomar e uma enfermeira da Unidade de Cuidados Continuados (UCC) Almourol, de Vila Nova da Barquinha.
Na opinião da ministra da Saúde, Marta Temido, ouvida pela Lusa, o momento que o país está a viver, com a distribuição das primeiras vacinas pelas empresas farmacêuticas, em Portugal e um pouco por todo o mundo, “simboliza também o que é a capacidade da ciência de ajudar a resolver problemas novos”.
“O inverno ainda mal começou”, afirmou, mas também “o trabalho ainda agora começou” no que respeita ao plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal, cujos procedimentos serão reforçados à medida que chegarem os próximos de lotes.
Para Marta Temido, o Governo, os profissionais de saúde e os portugueses em geral “arrancam para 2021 com esperança e energia redobrada” face à necessidade de dar resposta ao “muito que importa fazer” no contexto da luta contra a pandemia da covid-19.
A ministra da Saúde enalteceu o trabalho realizado, desde que o novo coronavírus foi detetado em Portugal, no início de março, frisando que o Governo contou com o empenho dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS), entre outras áreas da administração pública, para “enfrentar uma doença que não era conhecida”.
Por outro lado, a generalidade dos cidadãos e instituições portuguesas soube “cumprir regras novas” face à situação de emergência que atinge o país e o mundo.
“Mas estamos agora mais bem preparados”, salientou Marta Temido.
À semelhança de outros países da União Europeia, a vacina é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo SNS.
c/LUSA