A degustação de cervejas artesanais marcou no sábado a atividade regular de dinamização do Mercado Municipal de Abrantes, com sessão de apresentação de inspirações internacionais, propriamente “americana” e “belga”. A cerveja artesanal “Ermida”, através do seu idealizador e produtor, Rui Reis, apresentou duas das cervejas artesanais que, segundo ele, vão marcar este verão.
“Para este verão idealizei dois novos estilos de cerveja, tendo por base algumas receitas amplamente conhecidas a nível internacional”, explicou o produtor artesanal.
A “Apa, uma cerveja muito limpinha, dourada, cítrica, com pouco teor de amargor” e com “7% de grau alcoólico” e “a Belga Nuit, uma cerveja de trigo, portanto, mais encorpada e com colarinho cremoso, e também é loira. Não é muito amarga, é mais forte, e não é na condimentação. Tem sabor alaranjado, tem uma ligeira acidez que vai dar frescura”, disse Rui Reis, disponibilizando as cervejas ao publico presente para degustação.
Numa bancada, onde algumas cervejas artesanais estavam expostas, em mini garrafas e garrafas tradicionais, estavam também as amostras dos condimentos, utilizados no fabrico da bebida.
“Água, vários tipos de malte, desde maltes mais claros e maltes mais escuros. Em função das taxas de incorporação dos maltes, podemos criar cervejas mais claras ou mais escuras e também com aromas diferentes”, observou o produtor.
A fermentação alcoólica da cerveja é feita através da levedura, que converte todos os açucares que está no malte em “alcool, CO² e aromas”, de acordo com o fabricante.
“A Ermida é uma cerveja artesanal feita em Abrantes, comecei a fazer esta cerveja em 2012, depois fui dando a provar a alguns amigos, as pessoas começaram a gostar e foi muito rápido para passar para a comercialização. Houve a necessidade de legalizar a cerveja, legalizar o espaço na autarquia, na autoridade tributária e aduaneira e em 2014 comecei a produzir e a comercializar legalmente”, contou Rui Reis, que hoje vende as cervejas, tanto online, como nos comércios locais na região do Médio Tejo.
As cervejas foram oferecidas livremente aos participantes para degustação, e já no final todos estavam a provar o produto artesanal, conversando de maneira descontraída, e apreciando as “loiras”, como foram apelidadas as duas variedades de cervejas.
Vinicius Alevato, 30 anos, estudante de comunicação, está a aprender a
observar uma região com o olhar atento aos factos. Acredita no
jornalismo de proximidade e na importância de servir as pessoas através
da boa informação.