Miguel Palmeiro, designer do Porto, foi o vencedor do concurso lançado pela autarquia para a criação do logótipo das comemorações do centenário da cidade, com um trabalho que se baseou nos alicerces do Castelo de Abrantes, remetendo para o passado, mas com os olhos postos no futuro.

Sem conhecer muito bem Abrantes, Miguel Palmeiro aceitou o desafio lançado pela autarquia em Junho passado e, no seu escritório no Porto, desenvolveu aquela que é oficialmente a imagem de marca das comemorações dos 100 anos da elevação a cidade.

“Passava por Abrantes bastantes vezes quando ia visitar os meus pais, parecia uma cidade morta e, de repente, parece ter ganho uma nova vida e achámos interessante perceber a realidade deste local”, referiu Miguel Palmeiro, na cerimónia de entrega do prémio, esta segunda-feira, dia 5, no Welcome Center, em Abrantes.

“Falar dos 100 anos de Abrantes para alguém que não conhecia esta cidade foi um grande desafio”, salientou o designer, apontando o trabalho de investigação e de estudo que esteve por detrás da criação desta marca.

“Procurámos em Abrantes algo que fosse icónico e chegámos ao Castelo. Deparámo-nos com uma imagem dos alicerces e a partir daí começámos a fazer diversos testes de logotipos a partir da ideia dos tijolos que se vão montando. Percebemos que podíamos criar uma identidade”, esclareceu o designer sobre o processo criativo.

Na sua proposta, criada em conjunto com a equipa do seu atelier, Miguel Palmeiro apresentou outras imagens iconográficas, associadas ao logotipo principal dos 100 Anos, mas que podem ser usadas em diferentes materiais e ocasiões no âmbito das comemorações do centenário.

“Independentemente de não conhecer a cidade, conseguiu chegar a uma identidade onde todos os abrantinos se reveem”, afirmou Maria da Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes.

Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara de Abrantes, com o vencedor do concurso, Miguel Palmeiro ( à esquerda) e um membro da sua equipa de designers
Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara de Abrantes, com o vencedor do concurso, Miguel Palmeiro ( à esquerda) e um membro da sua equipa de designers

“Não foi difícil chegarmos ao logotipo vencedor, houve aqui um trabalho de grande maturidade que nos agradou”, referiu a autarca. “O tijolo dá a ideia de continuidade, celebrando o passado mas alicerçado no futuro.”

Dos 28 trabalhos entregues no âmbito do concurso lançado pela autarquia a 14 de junho deste ano, foram selecionados cinco finalistas. O trabalho vencedor “foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Estratégico” das comemorações do centenário.

Apesar de não se encontrar previsto no regulamento do concurso, Maria do Céu Albuquerque salientou que vai submeter à aprovação da Câmara a atribuição de menções honrosas a dois trabalhos finalistas de jovens abrantinos. “Queremos dar a oportunidade a estes jovens para que possam engrandecer o seu currículo e que, ao mesmo tempo, estejam a contribuir para a história da cidade”, salientou.

Originalidade, criatividade, legibilidade e boa visibilidade em ambientes digitais, boa capacidade de reprodução gráfica e aplicação a diferentes materiais foram os principais critérios tidos em conta na apreciação das propostas. O trabalho vencedor recebeu um prémio pecuniário no valor de mil euros.

Entrou no mundo do jornalismo há cerca de 13 anos pelo gosto de informar o público sobre o que acontece e dar a conhecer histórias e projetos interessantes. Acredita numa sociedade informada e com valores. Tem 35 anos, já plantou uma árvore e tem três filhos. Só lhe falta escrever um livro.

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