Tecelão-de-cabeça-preta (Ploceus melanocephalus) – A visão de uma ave amarela com a cabeça preta capta facilmente a atenção de um observador. Esta ave de origem africana colonizou algumas zonas húmidas do território nacional, imprimindo um toque de exotismo aos locais onde ocorre.
Do tamanho de um pardal, o macho é facilmente identificável pelo capuz preto, pelo ventre amarelo e pelo dorso esverdeado sem manchas. A fêmea, tal como o macho fora da época de nidificação, é acastanhada, com o dorso estriado e as partes inferiores claras.
Embora seja localmente numeroso, o tecelão-de-cabeça-preta é relativamente pouco comum em Portugal, apresentando uma distribuição muito localizada em torno dos locais que colonizou, situados principalmente na Estremadura, no Ribatejo e no Algarve.
Nos locais onde ocorre está presente durante todoo ano, mas é mais fácil de observar de Abril a Outubro, quando os machos exibem a sua vistosa plumagem nupcial. Durante o resto do ano pode passar despercebido, devido ao seu aspecto “apardalado”.
No Médio Tejo ocorre no Paúl do Boquilobo com população nidificante em número razoável.
Esta foto foi obtida no Paúl durante a Primavera de 2019.
Fonte: Aves de Portugal
Nasceu a 30 de Janeiro de 1961 em Lisboa e cresceu no Alentejo, em Santiago do Cacém. Dali partiu em 1980 para ingressar no Exército e no Curso de Enfermagem. Foi colocado em Santa Margarida e por aqui fez carreira acabando por fixar-se no Tramagal em 2000. A sua primeira ligação à Vila "metalúrgica" surge em 1988 como Enfermeiro do TSU. Munido da sua primeira câmera digital, em 2009 e com a passagem à situação de reserva, começou a registar a fauna do Vale do Tejo, a natureza e o património edificado da região, as ruas, as pessoas... Com colaborações regulares em jornais da região e nacionais este autodidata acaba por conseguir o reconhecimento público, materializado em alguns prémios. Foi galardoado na 8ª Gala de Cultura e Desporto de Tramagal na categoria de Artes Plásticas (Fotografia) em 2013.